Author(s): Bianca Siane Orlandin, Mikaele Caroline Barbosa Da Silva & Samuel Steiner Dos Santos
Historicamente no Brasil, a produção da moradia pelo poder público tem resultado em experiências que valorizam a dimensão técnico-econômica em detrimento dos aspectos sociais, políticos, ambientais, culturais, etc. Destacam-se formas arquitetônicas homogêneas, soluções espaciais desconectadas das demandas dos usuários e reprodução de técnicas construtivas que guardam pouca relação com aspectos locais, físico-territoriais ou socioculturais. Este distanciamento entre a rigidez dos programas habitacionais e as demandas concretas das famílias torna-se ainda mais evidente quando trabalhamos com povos tradicionais, que exigem, por sua história e singularidade antropológica, um olhar sensível na forma de abordar a habitação, o processo projetual, as estratégias de execução, a interação com as famílias, a comunidade e o território. O presente artigo pretende refletir sobre esta questão, tendo como objeto de estudo o trabalho de extensão universitária desenvolvido pelo Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFSC junto às comunidades remanescentes de quilombos em Santa Catarina, mais especificamente da Comunidade Remanescente do Quilombo Santa Cruz, no município de Paulo Lopes/SC, que em 2017 foi contemplada com recursos do Programa Nacional de Habitação Rural – PNHR para a construção de 22 moradias. Palavras-chave: Quilombo; PNHR; Santa Cruz; Toca; Projeto arquitetônico; HIS; comunidades tradicionais
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ISBN
978-1-944214-31-9